"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)
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terça-feira, 30 de março de 2010

Selinho: Um Beijo de Luz no Coração

Ganhei este lindo Selinho da Profª Cida: 
http:// dialogoeducacao.blogspot.com

Quero presentear aos amigos:
Maristela do http://educacaoemdestaque-maristela.blogspot.com
 Reijane do http://cantinhodocoordenador.blogspot.com
Missão de Fé http://psaojoaobatista.blogspot.com

segunda-feira, 29 de março de 2010

Alfabetização: ponto de partida

Aqui na Escola Estadual Professora Dôra Barbosa/São João do Paraíso Minas Gerais temos consciência de que os anos iniciais são a base para o sucesso vindouro de nossos alunos. Desde que foi implantado no Estado o programa: Alfabetização no Tempo Certo temos o acompanhamento constante da Analista Maria do Carmo Guimarães da 22ª SRE de Montes Claros. Orientando, visitando as salas, conversando com as professoras,alunos, tomando leitura e indicando atividades para sanar as dificuldades surgidas. Muitas práticas, é claro, são inviáveis as nossas turmas, ou são cansativas e repetitivas, mas procuramos abstrair algo proveitoso. A nossa Escola sempre trabalhou com seriedade procurando atender a todas as crianças com igualdade e qualidade, fornecendo todas as alternativas necessárias à sua aprendizagem. Mesmo com todos os recursos oferecidos ainda existem crianças que precisam de um tempo e um esforço muito maior para "alçar voo".



quarta-feira, 24 de março de 2010

Educadores e Jequitibá


Olha que texto bacana que O Profº Ernane (Geografia) da minha Escola me enviou:

Começou com uma analogia feita por Rubem Alves, no livro "CONVERSA COM QUEM GOSTA DE ENSINAR", fazendo uma comparação entre jequitibás e eucaliptos, para confronto ou sintonia entre educadores e professores. Que diferenças existem entre um educador e um professor? Que diferença há entre um jequitibá e um eucalipto? Primeiramente é bom lembrar as diferenças entre um antigo boticário e um atual farmacêutico, entre um antigo tropeiro e um transportador moderno. O boticário era um homem que fazia tudo na farmácia: manipulava os remédios, embalava-os diretamente para as mãos do freguês, com o máximo de carinho, quando não os levava ao leito do doente. Boticário era a pessoa que tinha sempre um dedo de prosa para cada um que entrava na sua farmácia, era o principal nariz do seu estabelecimento comercial, um dirigente da cultura local, um distribuidor de notícias e conselhos, um agregador social, um encaminhador de diretivas de vidas. Um tropeiro era o homem que criava os seus animais, alimentava-os, limpava-os, arrumava os arreios, cuidava das cargas zeladas pela comida na trempe improvisada, fazia o pouso de dormida, contava estórias para a sua equipe de viagem. Hoje, o boticário é o farmacêutico que ninguém vê, ninguém conhece nem sabe que existe, em farmácias impessoais e apressadas, quase sem qualquer vínculo de consideração humana. As exceções, claro, são raras. O transportador nem existe mais em lugar do tropeiro. O que há são empresas dirigidas por escritórios que falam por telefone ou controlam por computadores, enviando e-mails com cheiros de nada, distantes, tão distantes como os destinos das mercadorias que transportam.
E os educadores? Eram mulheres ou homens dedicados por toda uma vida, mesclando suas existências com as existências dos seus alunos. Eram detentores da sabedoria universal, ensinando tudo, da higiene à história do mundo, desde a língua pátria aos mais complexos problemas de aritmética, da geografia à religião, do desenho às ciências naturais, da economia doméstica aos requintes dos salões. Era um tempo em que formavam rapazes competentes e moças prendadas, uma finura de nobreza, um ambiente em perfume de primavera. Os professores de hoje, pelo menos os que não são educadores, pobres coitados, são descartáveis, mão-de-obra perfeitamente substituível. Ficam em greves durante meses, entram em licença, saem de férias, são demitidos, sem nada influir suas ausências nas considerações dos governos, da pátria ou do povo. No lugar de um entra outro, pouco importa a competência ou o grau de conhecimento. A melhor comparação é feita entre o jequitibá e o eucalipto. O jequitibá é árvore de longa vida, de cinqüenta, cem, duzentos anos, passando de geração em geração, útil e precioso. Ao contrário, o eucalipto está maduro para uso em quatro ou cinco anos, pasto para nenhum vivente, deserto verde, alimento para nada, toca de silencia com ausência de pássaro e animais.
Verdade? Não adianta discutir, não adianta o profissional moderno de ensino, ou trabalhador de ensino, como gosta de ser chamado para efeito sindical, dizer que não é bem assim. É o próprio mundo que vem dissolvendo a tarefa do educador da mesma forma que também quase acabou com o jequitibá, com a braúna, a violeta, o jacarandá, o cedro, a peroba e já quase com a sucupira. O jequitibá, forte e eterno, simboliza o educador, tem o sentido de permanência, é para a vida inteira, utilidade em todos os sentidos; o eucalipto – descartável por natureza e quase fora da natureza – é o professor, que não mais acompanha o aluno, não mais dispõe de tempo, não mais vive o problema do aprendiz, não mais sente ou vive qualquer tarefa, um desesperado a correr de escola em escola, de classe em classe para conseguir o pão de cada dia, ou uma renda menos decepcionante. Professor já não sabe o nome do aluno; aluno já não se interessa mais pelo professor, nem de onde vem, nem para onde vai. Materiais de consumo de expediente, uns e outros. Nada mais!
O não dar certo em muitas coisas do mundo de hoje é problema de falta de fidelidade, de interesse, de motivação, de incentivo, da incapacidade de sonhar. O não dar certo na profissão de educador é que os governos não mais se interessam pelo problema do ensino, jogando-o de escanteio, livrando-se dele, principalmente porque o ensino nos lhe dá as interessadas vantagens adicionais, têm as campanhas políticas. Como tirar percentagens, o famoso terço, de folhas de pagamento? Assim, infelizmente muitos educadores com vocação de educadores acabam tornando-se simplesmente professores, como eucaliptos. Sem fidelidade, sem compromisso de vivência total. Sem desenvolvimento da capacidade de ternura, do refinamento, do interesse pessoal pelo que faz.
Feliz do professor que ainda é um educador que ainda consegue guardar a fidelidade e a vocação do tropeiro e do antigo boticário. Esse merecerá, sem dúvida, um cantinho nos jardins celestes!

Wanderlino Arruda
Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros
Lisa Souza

domingo, 21 de março de 2010

Dissimular para aprender

Uma das funções da escola é treinar a criatura para existir no espaço público, com respeito ao próximo. Esse espaço é ponto de encontro de diferentes que podem ser reconhecidos, denominados agrupados, mas não é o lugar de apreciação das particularidades. A natureza fornece ao ser humano algumas diferenças visíveis. A criança se apresenta como tal, o idoso tem suas características reconhecíveis e assim por diante. Nos povos que não usam roupas, as diferenças de gênero são visíveis também. Entre os que não se desnudam, a roupa comunica o que encobre.
Mas a humanidade não se compõe apenas das diferenças somáticas. A genética e a vida de cada um com as experiências individuais vão dando forma a indivíduos diferentes entre si. A apresentação pública das diferenças obedece a regras especiais de cada grupo, tribo, classe, religião e cultura. Cabe à escola, espaço privilegiado, protegido, treinar para essa vida pública onde nem todos os desejos podem ser expressados a qualquer momento. Ruídos do corpo sofrem repressões, desde o grito até o sussurro (não é adequado uma professora sussurrar porque os alunos não escutam). Na escola, aprendemos não só o que temos que dissimular, mas também como treinar para dissimular com o mínimo de sofrimento pessoal.
Por estarem os alunos entre seus pares de mesma idade, protegidos pelo espaço do ano letivo, podem experimentar erros e acertos. Para alguns, ficarem quietos, ouvindo horas a fio, não é muito penoso; para outros, é insuportável. Muito embora sejam todos aparentemente tão iguais entre si ... Para alguns, treinar, repetir, refazer, é medianamente chato; para outros, quase insuportável. Se dois irmãos podem ser tão diferentes entre si, apesar de uma carga genética parecida, imagine quão grandes são as diferenças entre alunos de uma mesma classe! Mas assim é o mundo.
No lar, as diferenças são mais bem toleradas, graças a vínculos afetivos e culturais. Mas é aí mesmo no lar que se inicia o treinamento para dissimular as diferenças, a fim de tornar a interação, a presença de todos juntos, suportável, quando não é agradável.
Como a escola é o primeiro espaço público de uma criança na atualidade, é lá que ela tem que aprender contenção, ordem, no limite do respeito ao coletivo. Quando essas funções não são atingidas a contento, a aprendizagem do material curricular fica prejudicada. 

Resumindo em uma frase: se não houver disciplina, a aprendizagem de todos está prejudicada. E disciplina não é mudar o temperamento, a personalidade, o jeito de ser de ninguém: é apenas absorver um código e se comportar de acordo comele para fazer o coletivo possível.

Texto de Anna Verônica Mautner originalmente publicado na revista Profissão Mestre de novembro de 2009

Lisa Souza

Breve: avaliação diagnóstica

Gente, nas últimas semanas estou aplicando avaliação diagnóstica, revisando leitura e produção textual,  pois todo o material aplicado acabo levando para casa para correção, então fico sem tempo para as postagens, mas em breve disponibilizarei os modelos de avaliações aplicadas em minha escola e tabulações de questões.

Até....

Lisa Sousa

sábado, 6 de março de 2010

Mulheres de Minas

Mulheres existem muitas,
Tantas quantas são as saias do mundo.
Só é, porém, uma grande mulher,
A que se veste com a saia do amor
Conjugado no tempo
Mais-que-profundo.

Mulheres existem tantas
Quantos são lábios do beijo doce.
Será, porem, uma grande mulher,
Aquela que sorrindo puder
Beijar também o sorriso
Como se este um doce beijo fosse.

Vós, mulheres de Minas,
(lavadeiras, rezadeiras,
Artesãs e tecedeiras,
Professoras, operárias, lavradoras,
Parteiras, parideiras de outras mais)
Sois todas heroínas
Porque escreveis com suor
A própria história,
Defendendo a pátria da vida no peito, na dividida,
Numa luta quase sempre inglória.

Ah! Se todas fossem iguais a vós,
Mulheres de Minas...
                                                                                                         Gonzaga Medeiros


Feliz Dia INTERNACIONAL da Mulher : seja Mineira ou Brasileira, Felicidades!
Linda mensagm para você Mulher. Cliqueaqui